quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ACIDENTE

 Avião com candidato do PSB à Presidência caiu em Santos. As 
7 pessoas a bordo morreram. Nem a mulher nem Marina Silva estavam no jato.
ACIDENTE MATA EDUARDO CAMPOS (Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Estadão Conteúdo)
O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista. Ele tinha completado 49 anos no último domingo

Campos tinha uma programação de campanha em Santos nesta quarta. Chovia no momento do acidente. De acordo com a assessoria do candidato, ele participaria às 8h, às 9h30 e às 14h30 de entrevistas a emissoras de televisão locais. Às 10h30, concederia uma entrevista coletiva às 12h30 participaria de um seminário sobre o Porto de Santos.

A bordo da aeronave, estavam sete pessoas, dos quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. Veja a lista dos mortos:

- Eduardo Campos, candidado à presidência
- Alexandre da Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo Lira

A Polícia Federal enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se deslocou para a cidade depois de tomar conhecimento da morte de Campos.

"Estamos diante de uma tragédia que entristece todo o país. Quero em nome do povo de São Paulo trazer nossos sentimentos a todos os familiares das pessoas que perderam a vida nesse acidente", afirmou Alckmin.

Os principais adversários de Campos na campanha eleitoral, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), cancelaram os compromissos de campanha.

Todos os comitês de Dilma suspenderam as atividades após a confirmação da morte. "Estou absolutamente perplexo", afirmou Aécio Neves no Rio Grande do Norte.

Nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.

Campos deixou o governo de Pernambuco em abril deste ano para concorrer à Presidência da República.

Segundo a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, divulgada no último dia 7, ele tinha 9% das intenções de voto, atrás de Dilma, com 38%, e Aécio, com 23%.

De acordo com a legislação eleitoral, o PSB poderá registrar em até dez dias outro candidato para substituir Eduardo Campos na disputa pela Presidência da República.

A morte de Eduardo Campos repercutiu de imediato no mundo políítico.

"Estamos muito chocados com tudo", afirmou o deputado federal Marcio França (PSB), presidente do diretório estadual do partido em São Paulo.

No perfil da Rede Sustentabilidade no Twitter, foi publicada a seguinte nota: "Todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã. Marina Silva segue agora para Santos (SP)".França afirmou que Campos estava acompanhado de integrantes da equipe da campanha, como jornalistas e fotógrafo. Ele relatou que a mulher de Campos e o filho não estavam no jato – eles voltaram para Pernambuco em um avião de carreira.

A ex-senadora Marina Silva é a candidata a vice na chapa de Campos. Como o partido dela, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro a tempo para concorrer na eleição deste ano, ela se filiou ao PSB. Ela poderá substituir Eduardo Campos como candidata ou permanecer como vice.

No Congresso, parlamentares falaram sobre o episódio. O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) disse que foi informado da queda da aeronave pelo deputado Márcio França (PSB). "Estou atordoado. Parece que perdemos o Eduardo, uma liderança da nossa geração", declarou Delgado antes de saber da confirmação da morte.

A Aeronáutica divulgou nota informando sobre a queda do avião, que saiu do aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto do Guarujá, cidade vizinha de Santos.

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